10 de jul. de 2013

Exception: Capítulo 3 - Mirrors



Entrei na cozinha sem jeito, aquela era uma casa repleta de desconhecidos, e eu não sabia como agir com eles. Havia uma senhora arrumando algumas, tenho a certeza de que ela percebeu a minha presença, mas ignorou completamente. Ela me olhava de canto, e eu apenas brincava com os meus dedos a procura de algo pra falar.

– Boa noite. – Sorri.

– Boa noite. – Ela também sorriu deixando a mostra as covinhas que haviam proximas a sua boca.

– Você trabalha aqui? – Comecei.

– Sim, eu trabalho, mas e você, quer alguma coisa? – Ela se virou para mim, pude ter a percepção de que ela poderia ser a empregada pelos seus trajes.

– Água. – Lambi meus lábios, eu estava realmente com muita sede.

A senhora pegou um copo, e logo me serviu água. Ela me observava enquanto eu bebia água, era como se quisesse falar algo.

– Desculpa a pergunta mas, você esta com algum dos meninos? – Ela se sentou na mesa, e suas palavras sairam expressando sua confusão em relação a mim.

– Não, não estou. – Deixei o copo na mesa. – Estou aqui apenas por hoje. – Comecei a contornar os detalhes do copo com meus dedos.

– Apenas por hoje... – A maneira como ela disse soou como algo natural, como se não fosse nada novo.
– Qual o seu nome minha jovem?

– Samantha, e o da senhora?

– Sou Helena.

– Obrigada pela água, eu estou com sono e vou tentar dormir agora.

 Tentei ser o mais simpática possível ao tentar dizer que queria ficar sozinha, me levantei e dei a volta na mesa, dando uma ultima olhada para Helena, ela permanecia sentada e me observava.

– Boa noite Helena! – Sorri lhe dando de ombros. – Foi um prazer lhe conhecer. – Continuei a sorrir de forma que meus dentes não ficassem a mostra.

Assim sai da cozinha após escutar seu "boa noite Samantha". Caminhei até a sala normalmente torcendo para que ela estivesse vazia, mesmo que ela estivesse ocupada, iria ignorar todos. Entrei na sala normalmente, olhando para o chão, ia em direção as escadas até que uma voz rouca soou pelos meus ouvidos.

– Shawty? – Me virei vagarosamente.

Encontrei Justin sozinho, sentado no sofá, sua postura era irregular e em sua mão havia um cigarro.

POV Justin

Samantha se virou para mim, com toda a sua inocência. Com a iluminação da sala pude observa-lá bem. Seus olhos eram escuros e seus cabelos eram naturalmente loiros. Ela usava roupas desproporcionais ao seu corpo, mas isso a tornava atraente. Ela estava envergonhada, seus olhos fitavam o chão em uma tentativa de esconder a confusão em que ela se encontrava.

– Boa noite. – Continuei fazendo com que ela me olhasse.

Ela assentiu sem dizer nada, com um sorriso amarelo em seu rosto, ela se virou continuando seu caminho até a escada de maneira atrapalhada, oque me divertiu.

POV Samantha

Subi as escadas, minha mente estava uma confusão e eu tenho certeza que deixei isso transparecer. Entrei no meu quarto mais quando entrei me assustei. Aquele não era o quarto aonde eu estava instalada, e sim uma sala repleta de espelhos. Não intendi nada até que o reflexo de Justin apareceu em todos os espelhos. Ele sorria para mim de uma maneira estranha, e derrepente meu pai apareceu atrás dele, ele estava sério, mas logo se pronunciou assustado.

– Corra Sam, corra! – Meu pai gritou apavorado.

Olhei para todos os lados, mas não tinha para aonde correr. O reflexo de Justin e de meu pai preenchia todo aquele lugar. Me abracei enquanto observava cautelosamente o sorriso de Justin tentando entender que lugar era aquele, e oque estava prestes a acontecer. Todos os espelhos explodiram em questão de segundos e assim despertei assustada. Eu estava soada e ofegante, como se eu estivesse correndo a horas. Eu me encontrava na minha cama, naquele mesmo quarto. Um sonho estranho ou um pesadelo? eu não compreendi nada, mas dessa vez meu pai não estaria ao meu lado, me dizendo que estava tudo bem e que aquilo não havia se passado de um pesadelo. Lágrimas rolaram pelo meu rosto involuntariamente, e mas uma vez eu estava me abraçando a procura de conforto, se almenos eu tivesse alguém nesse mundo para me confortar nesse momento.

Flashback On*

– Samantha? – Papai gritava pelos corredores. – Samantha, oque faz aqui? estão todos te esperando para começar a apresentação! – Ele se ajoelhou ficando a minha altura.

– Eu não vou me apresentar. – Joguei um pedaço da minha fantasia no chão, pisando no mesmo. – Vamos embora, por favor papai! – Supliquei enquanto lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto.

– Claro querida, vamos sim. – Ele me tomou em seu colo e assim caminhamos para fora daquele lugar.

– Papai aonde está a mamãe? – Perguntei ainda em seu colo.

– Sam já conversamos sobre isso...

– Por que ela nunca vem nas minhas apresentações no dia das mães? Ela não gosta de mim? – Mais lágrimas rolaram pelo meu rosto.

– Ela é muito ocupada, mas eu estou sempre aqui, posso assistir sua apresentação. – Ele parou no meio do corredor, com a tentativa de me fazer mudar de ideia.

– Não. – Afundei meu rosto em seu ombro. – Vamos embora! – Pedi mais uma vez o abraçando ainda mais forte.

Ele pareceu compreender e finalmente deixamos o teatro do meu colégio. Fomos em direção ao carro, aonde ele me deixou no banco de trás, e assim adormeci em meio a tantos pensamentos confusos e lágrimas.

Flashback Off*

Minha infância sempre foi difícil. Todas as outras crianças fazendo apresentações, cartões e presentes para suas mães no dia das mães, e eu sempre ficava no banheiro chorando, sozinha. O pior era ter que aceitar o fato de que agora, estou sozinha no mundo, se eu almenos soubesse quem é a sujeita sem coração.

Flashback On*

– Não minta para mim, sei que essa não é a verdade! – Gritei aborrecida.

– Talvez eu não te contei a verdade evitando que você sofra. – Papai gritou ainda mais alto.

Meu rosto estava vermelho, meu rímel derreteu com as lagrimas, e se transformou em borrões em meu rosto. Meu coração doía, até quando ele iria esconder a verdade de mim?

– Você não acha que está na hora de me contar a verdade? ou você acha mesmo que eu sempre acreditei nessa de que minha mãe trabalha na Austrália?

– Tá certo Sam, vou lhe contar tudo oque você precisa saber. – Ele parecia conformado, eu precisava mesmo saber a verdade.

Ele se sentou no sofá, e aguardou um tempo. Me sentei em outro sofá, e então aguardei para que ele começasse a falar.

– Bem... – Ele respirou fundo. – Eu tinha 42 anos quando conheci sua mãe, ela era uma prostituta. – Arregalei os olhos, mas como assim prostituta? – Ela sempre fazia ponto no cassino aonde eu frequentava...

– Frequentava? – Perguntei irônica.

– Você sabe que estou frequentando bem menos. – Ele se defendeu. – Continuando, ela sempre estava lá, todos os dias. Um dia eu bebi, mas não ao ponto de ficar embriagado e a sua mãe, bem ela era um espetáculo de mulher, ela tinha cabelos loiros, olhos verdes, qualquer homem faria tudo por ela. Nesse dia fomos até o meu carro e então...

– Pai! – Pedi com a voz falha, devido ao choro que eu tentava segurar. – Me poupe de detalhes.

– Ela engravidou e me procurou para falar sobre isso, bem eu não acreditei de inicio, ela era uma prostituta e o pai poderia ser qualquer um. Ela fez um exame e comprovou que o filho era meu, eu não aceitei no inicio mas depois eu tive que reconhecer oque eu fiz, então ela pensou em abortar, e eu disse a ela que ela não precisava abortar por que eu cuidaria de você. Tivemos uma longa discussão por isso, ela duvidou da minha capacidade para te criar. No dia do parto foi normal, quando tudo acabou ela me te entregou para mim e assim nunca voltamos a nós ver.

– Tudo normal? – Gritei deixando as lágrimas escaparem. – Ela nem mesmo me olhou direito e me entregou pra você como se eu fosse qualquer coisa. – Me levantei exaltada. – Agora eu entendo por que você escondeu toda a verdade de mim esse tempo todo, eu sou um erro, fui um erro na sua vida.

Cuspi tudo aquilo que estava entalado, e logo depois fui em direção ao meu quarto com passos pesados, entrei e bati a porta desmanchando em lágrimas com meu travesseiro. Escutava meu pai bater na porta gritando meu nome, mas o ignorei.

Flashback Off*

[...]

POV Justin

– A garota já acordou? – Adentrei a cozinha.

– Bom dia pra você também. – Josh disse.

– Bom dia princesa, a garota já acordou? – Forcei um sorriso.

– Por que não perguntam a ela? Olha ela está aqui do meu lado. – Disse Logan após gargalhar.

– As mocinhas tiraram o dia para bancar as engraçadinhas? – Me sentei.

– Bom dia. – A voz feminina de Samantha ecoou pela cozinha entre nossas risadas.

– Bom dia. – Josh e eu dissemos em coro.

– Sam, senta ai, toma café com agente. – Logan disse todo animado.

Ela se sentou sorrindo, e logo começou a se servir de tudo oque desejava comer. Ela parecia estar faminta, mas não parecia estar avontade para comer a quantia que queria.

– Fique avontade shawty. – Quebrei o silencio fazendo com que todos olhassem para mim.

Ela assentiu já corada, como ela ficava envergonhada quanto a mim. Logo ela se serviu de mais coisas, parecendo assim satisfeita.

– Justin não perde uma. – Josh disse arrancando risadas de todos, até mesmo de Nathan que se mantia calado ali.

– Escuta Nathan, preciso que leve ela em casa. – Tentei conter as risadas e parece que deu certo, eles se calaram para ouvir oque eu tinha para falar.

– Por que você não faz isso? – Ele respondeu com sua ignorância interminável.

Nathan havia apenas 17 anos, aparentava ter 25 e seu jeito de ser era de um velho ranzinza.

– Eu e os meninos temos coisas para resolver, e eu sei que você vai sair. – Retruquei no mesmo tom.

– Não precisam se incomodar, eu posso ir andando. – Samantha se entrometeu.

– Escutou, ela pode ir andando.

– Nathan. – Fuzilei ele, quando na verdade queria meter bala naquele filho da puta...

CONTINUA

Oi, espero que gostem, comentem ai oque estão achando e é.. haha  ah e eu reativei meu ask então se vcs quiserem me xingar ou dar sugestões pras fics ta AQUI! fic nova aqui da may a nova autora do blog clica aqui pra ler bjao :*
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