15 de mai. de 2013

Exception: Capítulo 1 - You found me




POV Samantha

Mais um dia em que eu voltava para casa, depois de um longo dia de trabalho. Aquela noite estava diferente, na verdade acho que não havia nada de errado com a noite, e sim comigo. Sentia algo diferente dentro de mim, apressava meus passos cada vez que meu estomago revirava de uma forma desconfortável, meu coração estava doendo, mas eu não sei o verdadeiro motivo para que eu estivesse me sentindo assim. Depois de caminhar com muito nervosismo pelas ruas de Atlanta, finalmente me encontrei próxima a minha casa. Havia um carro preto estacionado a frente dela, estranhei, não tinhamos carro, meu pai o apostou em um jogo, não costumávamos receber visitas. Entrei em casa, estava tudo normal, tudo em seu lugar, mas não notei a presença de meu pai.

– Pai? – O chamei olhando em volta.

– Olha só quem chegou! – Uma voz masculina soou pelos meus ouvidos, fazendo com que eu me arrepiasse e quando me virei havia um homem alto parado na escada sorrindo.

– Quem é você? – Dei um passo para trás, eu não o conhecia, nem mesmo de vista e estava começando a ficar com medo.

– O dono dessa casa, acho que você não deveria está aqui. – Ele disse sarcástico.

– M-Mas, como assim? – Meu pai não havia feito outra besteira, por favor Deus, que não seja oque eu estou imaginando.

– Assim gata. – Ele se aproximou de mim me olhando dos pés a cabeça. – O fracassado do seu pai...– O interrompi.

– Meu pai não é nenhum fracassado. – Elevei o tom da minha voz.

– Calada! – Ele apertou meu rosto com força fazendo com que meus olhos brilhassem com as lágrimas que estava se formando. – Como eu ia dizendo, seu pai apostou essa casa comigo em um cassino e adivinha. – Ele riu. – Ele perdeu, agora dá o fora daqui antes que eu me arrependa de ter deixado você sair. – Ele próximo ao meu ouvido, senti seu halito quente no mesmo e logo depois ele me soltou com brutalidade.

– Cadê meu pai? – O fuzilei com ódio. 

– Por que não ver você mesmo?

Ele colocou suas mãos em minhas costas me guiando até a cozinha, aonde procurou pelo interruptor. Quando as luzes foram acesas me deparei com a pior coisa que qualquer pessoa pode ver. Meu pai estava erguido por uma corda em seu pescoço, eu não tinha o hábito de chorar na frente de ninguém, isso para mim era fraqueza e eu não gostava de demonstrar qualquer tipo de fraqueza ou algo que faça com que eu me sinta inferior, mas naquele momento não conseguir segurar, desabei em lágrimas enquanto minhas mãos soavam e eu tentava me manter o mais calma possível. Meu pai havia cometido suicídio e nem se quer pensou em mim, me deixou sozinha. Não consegui me mexer, era como se meus pés estavam fixados ao chão de uma forma tão firme e profunda, que eu não conseguia nem dar um passo a minha frente. Fiquei fitando seu corpo erguido pela corda em seu pescoço, sua pele pálida e seus lábios em tom de roxo por algum tempo até que fui retirada do transe com aquele brutamonte agarrando meu pulso grosseiramente me guiando pela casa de qualquer jeito. Nunca pensei que isso iria acontecer, mas ele abriu a porta e me jogou no chão com brutalidade fazendo com que eu apoiasse o peso do meu corpo em um de meus braços causando uma enorme dor em toda a região.

– Caia fora, e nunca mais volte aqui. – Ele rosnou feroz.

A porta foi batida na minha cara, fazendo um enorme barulho. Tentei me levantar, mas meu braço doía e meu corpo estava pesado. A imagem de meu pai pendurado pelo pescoço naquela corda não saia da minha cabeça, estava acabando comigo, me deixando mais frágil do que eu me encontrava. Pensei em voltar novamente adentrando a casa, a procura de explicações, mas pensei nas consequências, pensei no que aquele homem ser poderia tentar contra mim, ele poderia me violentar, me matar ou tentar qualquer outro tipo de coisa contra mim, que me encontrava tão insignificante naquela rua, jogada como um lixo. Me levantei e andei sem rumo, abraçando meus braços completamente arrepiados, as lágrimas rolavam pelo meu rosto inconsequentemente. As pessoas me olhavam com compunção, oque me fazia me sentir um nada, um verdadeiro lixo. Eu poderia ir até a casa da minha mãe, se eu ou menos soubesse quem é a sujeita, meu pai me disse que ela era uma prostituta, que o seduziu quando ele estava sobre efeito de álcool excessivo, depois de um tempo ela disse a ele que estava gravida, e tinha certeza de que ele era o pai, disse que iria abortar, mas meu pai não permitiu e assim que eu nasci, meu pai me contou que ela nem mesmo me olhou, e me entregou a ele, como se eu fosse qualquer coisa sem valor, por isso passei minha vida inteira me julgando um erro, mas eu apenas me apontava a verdade. Andava sem rumo, sozinha apenas eu, minhas lágrimas e minha dor que parecia me dominar por completo. Me amaldiçoava, amaldiçoava tudo, tudo mesmo até que me choquei contra algo e cai no chão. Quando levantei minhas vistas as direcionando a um homem que demonstrava suas intenções com um sorriso malicioso estampado em seu rosto. Rastejei para atrás, me levantei rapidamente e corri desesperada para longe daquela pessoa com a mente maldosa. Não tive sucesso quando outro homem agarrou meu braço rude, e me olhou com o mesmo sorriso daquele outro, expressando muito bem suas intenções.

– Não acha que não está na hora de uma garota como você está vagando por ai? – Ele me virou fazendo com que eu olhasse em seus olhos negros.

Senti uma mão em minha cintura e quando me virei senti minha garganta ficar completamente seca ao ver o ruivo avaliando todo meu corpo.

– Me solta. – Dei um tranco em meu braço, mas não tive sucesso, ele ainda me segurava firme.

– Por que não nós divertimos um pouco? – Ele disse entre meus cabelos, se aproximando de minha orelha. – Hm? – Ele deu uma leve mordida na mesma. – Oque acha?

– Não toca em mim.

Arrisquei um chute involuntário entre suas pernas, mas que o acertou em cheio fazendo com que ele me soltasse colocando suas mãos entre as pernas gemendo de dor.

– Vagabunda. – Ele veio para cima de mim com tudo me deixando mais amedrontada ainda. – Você vai aprender uma lição agora. – Ele lançou um olhar ao seu conhecido que ainda segurava meu braço.

O homem que apertava meu braço me causando dor no local, me soltou rasgando minha blusa pela gola, transformando-a em trapos e deixando os mesmos cair no chão. Meu busto estava descoberto, me senti desconfortável e com muito mais frio. Sua atenção estava em meus seios ainda cobertos pelo meu sutiã.

– Por favor, não! – Supliquei engolindo em seco.

– Relaxa gata, ainda nem começamos, e eu tenho certeza de que você vai gostar.

Aquele com certeza era o pior dia da minha vida. Comecei a gritar por socorro, e me debater.

– Cala a boca vadia! – Senti um peso em meu rosto, depois de segundos senti um ardor pela região, aquele desgraçado havia me batido.

– Vamos acabar logo com isso. – O cara que estava atrás de mim disse levando suas mãos até a barra da minha calça, a abaixando com dificuldade pois eu me debatia.

Eu gritava por socorro, mas infelizmente parecia que só havia nós trés em todo o mundo, ninguém atendia aos meus gritos e pedidos de socorro. Um deles distribuia beijos por todo o meu pescoço, eu estava com nojo dele e com nojo de mim mesma. O outro agarrava minha cintura me encochando e passando umas de suas mãos pelos meus seios. Cada toque daqueles dois fazia com que meu estomago revirasse, minha cabeça fervesse e meu rosto queimasse em ódio. Derrepente os faróis de um carro nós iluminou, atraindo a atenção daqueles dois imprestáveis para ele.

– Solta ela. – Uma outra voz masculina e rouca preencheu o ambiente calando meus gemidos e pedidos de socorro.

– E por que fariamos isso? – Um deles olhou para o outro homem ainda anônimo.

– Por que se não vocês vão ter um encontro com o capeta ainda hoje. – Os dois riram e o homem anônimo se aproximava de nós, eu poderia estar aliviada, mas na verdade estava com mais medo ainda, a forma com que ele falou fez com que meu estomago se embrulhasse.

A medida que ele foi se aproximando, não consegui ver seu rosto, a mistura da luz forte atrás dele e a escuridão o escondia. Ele apontava uma arma aos dois, fazendo com que eles se afastassem de mim assustados e preenchidos pelo medo.

POV Justin.

A garota com a feição amedrontada, possuía os olhos verdes como uma floresta tropical. Seus olhos transbordavam pavor, ela estava pálida e tremula, oque fez com que eu sentisse mais raiva daqueles dois filhos da puta.

– Vou contar até trés, se vocês não derem o fora nesse tempo transformo os dois em peneira. – Cada palavra que saia da minha boca estava carregada de aversão.

Os dois covardes se levantaram com temor, e correram. Dei trés tiros involuntariamente na direção em que eles haviam saído em disparada. Não prestei atenção se consegui acertar qualquer um dos dois, e voltei minha atenção a garota aterrorizada que me olhava sobressaltada. Ela tentava se cobrir com seus braços, mas não ouve sucesso, pedaços de panos que certamente eram suas roupas estavam jogados no chão, sem nenhuma utilidade. Caminhei até ela e ela evitava qualquer relance com meus olhos, apenas se acolhia em seus braços horrorizada.

– Está tudo bem agora, eu não vou te fazer mal.

Ela estava no mesmo estado, parecia não estar ali, derrepente suas pernas ficaram bambas e ela fraquejou. Segurei antes que seu corpo se chocasse contra o chão, sua pele estava fria, seu corpo estava tremulo e seus lábios completamente pálidos assim como sua pele. Ainda a mantendo em meus braços, retirei minha jaqueta e a envolvi na mesma cobrindo seu corpo exposto. Coloquei-a em meu colo, ela não estava mais em si, estava completamente fraca e frágil. Abri a porta do carro com dificuldade, coloquei seu corpo cuidadosamente no banco, de forma que não ficasse desconfortável e depois arrodeei o carro, tomando meu lugar no banco do motorista e dirigindo o mais rápido possível. Observei seu rosto de lado, lágrimas fugiam com frequência de seus olhos, ela ainda abraçava seus próprios braços e fitava o nada, observando seu estado percebi que ela ainda não estava em si e me mantive em silencio quando na verdade meu estomago estava afundado e eu repleto de remissão. Ela não disse uma palavra o caminho inteiro, parecia que eu estava sozinho em meu carro. Quando me aproximei dos portões de minha casa, os portões foram abertos, abandonei o carro na frente de casa de qualquer jeito e sai dali arrodeando novamente o carro, indo até ela. Quando abri a porta, seus olhos estavam semi abertos e logo depois ela os fechou por completo fazendo com que seu corpo desabasse em cima de mim. A tomei em meus braços e adentrei a casa desesperado chamando a atenção de Logan que assistia TV naturalmente.

– Oque está acontecendo cara? – Logan despertou do sofá assustado.

– Chame um médico, rápido!

Logan saiu do sofá imediatamente, com o celular já em mãos, discou o numero e levou o celular até seu ouvido. Subi as escadas ainda levando a garota anônima em meus braços, entrei no primeiro quarto que vi e felizmente ele estava desocupado. Coloquei seu corpo na cama, desci as escadas rapidamente para ver o andamento das coisas com Logan, ele estava indo ao meu encontro nas escadas.

– Chamou? – Perguntei impaciente.

– Sim, ele chegará aqui dentro de alguns minutos. – Ele disse ainda em seu estado normal.

– Dentro de alguns minutos? eu preciso de um médico agora. – Passei a mão pelos meus cabelos puxando os mesmos.

– Calma, mas quem é aquela garota? oque aconteceu com ela?

– Ela ia ser violentada por dois desgraçados, eu estava passando por perto e resolvi ajuda-lá.

– Desde quando você se preocupa em ajudar alguém? – Ele me questionou confuso.

Eu não sabia como responder aquilo, pois aquela garota foi uma unica exceção...

CONTINUA


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4 comentários:

  1. uuuu adoreeei, gosteei mt do primeiro cap. continuaaaaaaaaaaaa <3

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  2. ameeeeeeei *-*,continua estou anciona ! <3

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  3. vishe, que foda. oque séra que vai acontecer com ela? ta perfeita amor, continua logo please.. beijinhos (@swagyonyou_)

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  4. OMB, simplesmente perfeita continua logo anjo. essa ib ta muito legal acho que é uma das melhores que eu ja li. bjs

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